domingo, 26 de setembro de 2010



Tudo em Ìyá Nitinha era mistério. O seu àse, a sua própria história de vida. O mistério começa com o seu nascimento. A data é imprecisa. Afinal, Ìyá Nitinha é do tempo em que o Candomblé era misticismo de negro e os registos de nascimento eram feitos de anos a anos. 1925? 1929? 1930? São datas apontáveis. O dia convencionou-se que seria 12 de Setembro. A sua iniciação sabe-se que foi pela idade de quatro anos, com Tia Massi Ìwìnfúnké de Òsògìyán Ìdankó Èzo (Ìyálóòrìsà Maximiana Maria da Conceição, à epoca Iyalorixá do templo, a quinta na cronologia da sucessão). Participaram ainda, segundo Ìyá Nitinha, Tia Luzia, Ìyákékéré da casa, a africana Maria pequena de Òòsààlá, Ekedji Dejá, a Ójubònòn de Obalúàiyé e Mãe Amanda (que teve o seu terreiro de candomblé em Coelho da Rocha).
Areonites Conceição Chagas, foi uma das maiores representantes da identidade africana na Bahia e dentro do Candomblé tradicional, ultrapassando as barreiras da sua nação: Kétu. Criada dentro das paredes da Casa Branca do Engenho Velho – Ilé Àse Ìyá Nàssó Òkà – dividia o seu tempo entre este, onde era Otún Ìyákékéré, Ìyátébésé e Ojú Ode, e a Roça de Miguel Couto, a casa que diriga há mais de trinta anos.

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