terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Feliz Kwanzaa




Fámilia e Amigos, desejos a todos um ano novo cheio de vitórias e realizações!!!

KWANZAA E OS SETE PRINCÍPIOS: REPARANDO E RENOVANDO O MUNDO.
A princípio, a Kwanza era uma festa comemorada no continente africano na tradição dos povos negros de reservar determinada época para festejar a fartura da agricultura, e juntos cantar, dançar, comer, beber e comemorar a colheita das primeiras frutas e vegetais. Traziam os primeiros frutos da terra, destes faziam iguarias, e celebravam uma festa. Baseada no Kinara, que são os setes princípios, a Kwanzaa reúne durante sete dias milhões de descendentes de africanos, celebrando um só povo, uma só luta, um só destino. Cantando e festejando, não mais a colheita, e sim, a sua africanidade e sua união como povo negro.
Os sete princípios do Kwanza, cada um deles comemorados em um dia dos sete da festa, são:
UMOJA – Significa unidade, e representa manutenção da unidade na família, na comunidade, na nação e na raça.

KUJICHAGULIA – Significa Autodeterminação, representa os valores de determinação que o povo negro deve apresentar para resolver as questões que nos afligem.

UJIMA – Significa Trabalho Coletivo e Responsabilidade, Construção conjunta e manutenção da nossa comunidade unida para fazer nossos problemas da irmã e dos irmãos nossos problemas e para resolvê-los junto.

UJAMAA – Significa Economia cooperativa, para construir e manter nossas próprias lojas, supermercados e outros negócios e para comercializar junto com nossos irmãos e irmãs negras.

NIA – Significa Finalidade, almeja a construção do coletivo e tornar-se de nossa comunidade a fim restaurar nossos povos a sua grandeza outrora tradicional.

KUUMBA – Significa Criatividade, tem por objetivo fazer sempre quanto nós pensemos ser necessário, a nossa maneira, a fim deixar nossa comunidade mais bela e benéfica do que quando nós a herdamos, sempre buscando a melhoria do povo preto.

IMANI – Significa Fé, para acreditar com nossos corações em nosso povo preto, nossos pais, nossos professores, nossos líderes e a vitória de nosso esforço.
Esta citação é feita no início da celebração da Kwanza:
‘Para nossa Terra-Mãe, África, berço da civilização.
Para os antepassados e seus indomáveis espíritos
Para os idosos a partir dos quais podemos aprender muito.
Para os nossos jovens, que representam a promessa do amanhã.
Para o nosso povo, as pessoas originais.
Para a nossa luta e na lembrança daqueles que têm lutado em nosso nome.
Para Umoja, o princípio da unidade, que deve nortear tudo o que fazemos.
Para o criador, que fornece todas as coisas grandes e pequenas’

sábado, 17 de dezembro de 2011

O Código de Conduta de Orunmìlá



Ele demonstrou como viver e agir em concordância com as leis naturais e como viver em paz com Deus
De maneira bastante interessante, todas as divindades têm características e tabus similares. Na dependência da variação do grau de agressividade, eles todos aceitam a imutabilidade das leis naturais, as quais teólogos e teósofos têm codificado dentro dos 10 mandamentos de Deus. Isto não é dizer que algumas divindades não mataram quando eles acreditaram ter fortes justificativas para fazê-lo, no momento em que códigos terrestres e celestes admitiram a punição capital como medida para sentenciar os ofensores capitais.
Sem exceção, todas as divindades também aceitaram a supremacia de Deus. No caso de Orunmìlá, ele deixou na memória de todos seus apóstolos, discípulos, sacerdotes e seguidores que ele é apenas um servo de Deus, e no melhor conceito de Deus, este é o porquê ele é geralmente chamado Ajiboríşa Kpeero e Ukpin. Ajiboríşa Kpeero significa a única divindade que acorda de manhã para ir saudar Deus na Reunião do destino, enquanto que Eleeri Ukpin significa a divindade que se sentou como testemunho do próprio Deus na corte do destino, quando o destino de todas as criaturas estava sendo designado.
Eji-Ogbe, o mais velho missionário de Orunmìlá, irá à sequência revelar como ele retornou ao mundo sob o nome de Omoonighorogbo para ensinar ao povo do mundo como proceder em concordância com os desejos de Deus. Ele demonstrou pelos preceitos, exemplos e ações como viver e agir em concordância com as leis naturais e como viver em paz com Deus. Ele também demonstrou que a verdadeira felicidade vem apenas quando alguém devota um pouco do seu tempo de modo abnegado ao serviço dos outros. Ele também ilustra a virtude do amor ao próximo. Sem dizer que se alguém ama seu próximo, não poderá seduzir a sua esposa, matá-lo, alimentar rancor contra ele, roubar sua propriedade e enganá-lo.
Portanto como um filósofo prático, Orunmìlá estima alguém que muito pode aumentar todo o amor por seu próprio vizinho, o lado bom muitas vezes está em ser recíproco. Entretanto, Orunmìlá é extremamente contra retaliações e vinganças porque as divindades sempre ficarão ao lado dos justos. A primeira obrigação de um homem com ele mesmo é preservar-se através da divinação e do sacrifício. Se uma pessoa forte está se envolvendo em alguma guerra aberta ou discreta contra alguém que carece de poder para combater estas forças invisíveis, Orunmìlá adverte recorrer à divinação quando na dúvida e fizer algum sacrifício prescrito aos altos poderes. Uma fez feito o sacrifício, o receptador irá quase que imediatamente intervir nas maquinações do mal feitas pelos inimigos conhecidos e desconhecidas.
Orunmìlá recomenda a seus seguidores a não se envolverem em preparados medicinais destrutivos, porque os mesmos podem conduzi-los a sua própria imolação. Contudo há alguns discípulos de Orunmìlá cuja sobrevivência no mercado é a preparação de remédios, mas apenas com propósitos construtivos, de salvação e libertação. Orunmìlá é o melhor professor da eficácia da perseverança. Ele ensina que enquanto pode haver remédios que não sejam eficazes, não há paciência que fracasse em sobrepujar todas as dificuldades, porque as divindades irão ao final socorrer aqueles que perseveraram.
Fonte: Ary Carvalho (Da Ilha)
Imagem: Lendas Orixás

Iroko no Brasil, África e Cuba – Outras Nações

Iroko no Brasil, África e Cuba – Outras Nações
 
Iroko no Brasil, África e Cuba – Outras Nações
No Brasil
Suas “mudas” e sementes foram trazidas pelos negros na escravidão. Em pesquisas realizadas encontramos a citações que durante a travessia dos navios negreiros, os negros deixavam de beber água para regar as mudas de plantas africanas, inclusive às de Iroko. A gameleira branca (Ficus Doliara) substituiu a árvore africana, em alguns terreiros. Costuma-se enfeitar estas, árvores como morada de Iroko, assinalada por um “ojá” (laço de pano branco) redor de seus troncos.
Na África
A sua morada é a árvore iroko, Milicia excelsa (antes classificada como Chlorophora excelsa), chamada “amoreira africana”, na África de língua portuguesa. É uma árvore majestosa, encontrada da Serra Leoa à Tanzânia, que atinge 45 metros de altura e até 2,7 metros de diâmetro.
Em Cuba
Iroco é a ceiba, árvore abundante em todo o páis. Ceiba penttandar(bot),
também chamada de Arabá, no culto cubano. Uma árvore muito temida que ninguém se atrave a cortar um de seus galhos. É muito tóxica, a exemplo da gameleira branca, cuja seiva provoca morte imediata. Os cubanos consideram a ceiba uma propreidade de Oduduwa, morada de Iroco e Aganju.
Outras Nações
Iroko, Iroco ou Roko (do yorubá Íròkò) é cultuado nos candomblés do Brasil pela nação Ketu e, como Vodun Loko, pela nação Jeje. Corresponde ao Inquice Tempo na nação Angola ou Congo. É o Orixá Olorokê nas nações Efã e Ijexá. Para os jeje-mahi a árvore sagrada é a morada de Azanadô, Vodun masculino da família de Bessen (Oxumarê dos yorubás).
Sincretismo
Não possui sincretismo, mas há fracas evidências de sincretismo com São Francisco de Assis.