quarta-feira, 3 de agosto de 2011

"Mãe destruidora, hoje te glorifico:




"Mãe destruidora, hoje te glorifico:

O velho pássaro não se aqueceu no fogo.
O pássaro doente não se aqueceu ao sol.
Algo secreto foi escondido na casa da Mãe...
Honras a minha Mãe!
Mãe cuja vagina atemoriza a todos.
Mães cujos pêlos púbicos se enroscam em nós.
Mãe que arma uma cilada, arma uma cilada.
Mãe que tem montes de comida em casa"
“Mãe toda poderosa, mãe do pássaro da noite (...)
Grande mãe com quem não ousamos coabitar
Grande mãe cujo corpo não ousamos olhar
Mãe de belezas secretas
Mãe que esvazia a taça
Que fala grosso como homem,
Grande, muito grande mãe no topo da árvore iroko,
Mãe que sobe alto e olha para a terra
Mãe que mata o marido mas dele tem pena......

Eu sou o grande oceano do Útero divino.
Os cursos d'agua da terra respondem aos meus reflexos em movimento.
Eu permito que a luz mágica da minha lua ilumine meu caminho interior para o lugar em que
a sede de minha alma é saciada. Eu sinto, eu sonho, imagino e abro-me para o espírito da órbita
feminina de luz que envolve minha alma na doçura luminosa da noite!"
Sou qualquer verso de Clarice. As ruas descritas de J.Joyce. A tempestade de fim de estação!
Uma borboleta mutante, que voa, que morre, que renasce...
Uma Velha Aranha Tecedeira que trama e tece os fios da vida e novas redes
Vivo as faces da deusa, respeito e aprendo com meus ancestrais.
ouço o som do silêncio e danço!"

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