quinta-feira, 21 de julho de 2011

Esù - O principio dinâmico de todas as coisas.




COMO NASCEU EXU

As histórias dos mais velhos nos contam que no início dos tempos só existia o ar. OLORUN, o deus supremo, era uma massa infinita de ar. Quando começou a se mover lentamente e respirar, uma parte do ar foi transformada em água, originando OBATALA, o grande Orixá do branco.
O ar e a água se moveram ao mesmo tempo, e uma parte transformou-se em lama, e dela brotou um montículo, que foi a primeira matéria dotada de forma - um rochedo lamacento e avermelhado, de laterita.
Olorun soprou seu hálito sobre o montículo, dando-lhe vida. Foi a primeira forma com existência própria - o proto-exu.
Exu é o primeiro ser criado, o símbolo do elemento procriado. Em seguida, por formas diferentes, é que surgiram os outros Orixás.

COMO EXU PASSOU A SER REPRESENTANTE DE ORUNMILÁ

Exu era filho de Orunmilá. Olodumare, o Deus supremo, Rei-de-tudo-que-existe, mandou Orunmilá descer ao mundo para tomar conta de todas as pessoas e coisas.
Havia muitos Orixás, mas Exu destacava-se em tudo; era o mais forte, inteligente e atirado. Além disso era muito mau, por qualquer coisa se vingava, e não gostava de ser contrariado.
Nas reuniões tomava a frente de tudo, e brigava com todos. Os outros orixás, com medo dele e para não se aborrecerem, deixavam-no fazer o que quisesse. Por esse motivo Exu passou a ser o representante, o mensageiro dos Orixás, e o representante de Orunmilá.
Mais tarde houve uma disputa entre Exu e Oxalá para determinar qual era o mais respeitável. Oxalá provou sua superioridade, apoderando-se da cabaça onde estava o poder de Exu, e transformando-o assim em seu servidor. Da mesma forma numa disputa com Obaluaiê, Exu foi derrotado.

COMO EXU PROMOVEU UM MASSACRE NA CIDADE

Conta a lenda que Exu foi procurar uma rainha que era desprezada pelo marido, e se propôs a preparar um amuleto que faria o rei voltar a amá-la. Pediu-lhe apenas uns fios de barba do rei, cortados com uma faca.
Procurou em seguida o príncipe herdeiro, filho da rainha, que morava num palácio distante e o convenceu de que o rei ia partir para uma guerra e tinha mandado chamá-lo, juntamente com seus guerreiros.
Finalmente foi ao rei e disse que a rainha, ferida pela frieza dele, planejava matá-lo naquela noite.
Quando anoiteceu, o rei deitou-se e fingiu dormir. Logo viu a rainha entrar com uma faca na mão e aproximar-se de sua garganta. Claro que ela queria apenas uns fios de barba, mas ele acreditou que ela fosse matá-lo.
O rei a desarmou, e começaram a discutir e brigar, fazendo muito barulho. O príncipe, que chegava com seus guerreiros, ouviu os gritos da mãe e viu o pai com uma faca na mão, julgando que ele ia matá-la.
Ao ver o filho e seus guerreiros, armados, entrando em seu palácio, o rei acreditou tratar-se de uma invasão para matá-lo e tomar o poder. Gritou por socorro, e seus soldados imediatamente acudiram.
Essa grande confusão gerou um massacre que acabou com a família real e seus guerreiros.
EXU, FILHO DE ORUNMILÁ

Olodumare mandou Exu para ser auxiliar de Oxalá. Por sua vez Orunmilá, desejoso de ter um filho, foi procurar Oxalá, aquele que criava os seres. Este mandou-o voltar em um mês. Orunmilá impaciente, pediu para levar aquele que estava no portão de casa, que era Exu. Oxalá, diante da grande insistência de Orunmila, acabou concordando, mas explicou que Exu não deveria ser mimado.
Para se tornar pai de Exu, Orunmilá deveria colocar suas mãos sobre Exu e sua mulher Yebíìru, conceberia um filho. A criança seria o próprio Exu, Alagbara, senhor do poder.
Assim que a criança nasceu Orunmilá pronunciou seu nome, e Exu respondeu: "Mãe, mãe, eu quero comer preás!" Orunmilá reuniu todas as preás que encontrou, e Exu comeu-as todas. No dia seguinte Exu quis comer todos os peixes, e no terceiro dia todas as aves. Ele chorava e gritava, e Orunmilá fazia-lhe as vontades. No quarto dia disse que queria comer carne, e o pai lhe trouxe todos os quadrúpedes. Mas Exu não se satisfazia, e continuava a chorar.
No quinto dia, Exu disse: "Mãe, mãe, eu quero comê-la" e a mãe respondeu: "Filho, come, come". Exu engoliu a própria mãe. Orunmilá correu a consultar Ifá, que recomendou uma oferenda, que ele deu. No sexto dia Exu disse: "Pai, Pai, eu quero comê-lo". Ao se aproximar, Orunmilá pegou a espada e o partiu em pedaços, que se espalharam e se transformaram em laterita.
Os pedaços se juntaram e o que restou dele levantou-se e fugiu pelos nove espaços do céu (orun), que ficaram povoados de exus. No último espaço, Exu fez um acordo com Orunmilá: Este parava de perseguí-lo, e todos os exus executariam as ordens de Orunmilá e o ajudariam, como se fossem seus verdadeiros filhos. Orunmilá pediu, e Exu devolveu Yébíìru. Eles foram morar em Iworo, e ela deu à luz muitos filhos, de ambos os sexos. 



COMO EXU SE TORNOU O MENSAGEIRO DOS ORIXÁS

Esta história foi contada pelo Odu Oxetuá.
Exu tentava apoderar-se do comando dos Orixás, e foi consultar Ifá, através dos Babalaôs, para saber como realizaria seu desejo. Todos disseram que Exu deveria fazer uma oferenda que incluía penas de papagaio vermelho (ecodidé). Feita a oferenda os Babalaôs deram uma pena ecodidé a Exu para que ele a usasse, e recomendaram que ele não deveria colocar nenhum carrego na cabeça pelo menos por três meses.
Acontece que o efeito da oferenda fez com que Olodumare tivesse a idéia de saber qual Orixá estava zelando melhor pelo mundo, e convocou todos os Orixás para uma reunião. Todos começaram a se preparar, e reunir os presentes que levariam para Olodumare. Partiram em fila, e Exu, que não podia carregar nada, colocou seu ecodidé na cabeça e foi junto com os demais.
Ao chegarem, Olodumare fitou-os e sem perguntar nada leu em seus corações como eles se conduziam. Chamou aquele que estava com ecodidé, e disse que ele era o que conseguiu reunir todos os habitantes da Terra, e que conduziu todos os Orixás com seus carregos. Exu não disse nada, só "Axé".
Olodumare disse a todos que ao chegarem a suas casas deveriam procurar Exu sempre que precisassem enviar-lhe uma mensagem ou sugestão. Todos concordaram, e Exu, por ordem de Olodumare, foi quem os conduziu de volta à Terra. Todos festejaram o acontecimento junto com Exu.
Os outros Orixás começaram a imitá-lo, usando ecodidé na cabeça como símbolo de axé, durante rituais e sacrifícios. Foi assim que Exu se tornou Asiwajú - aquele que vai à frente dos demais.

COMO NASCEU EXU

As histórias dos mais velhos nos contam que no início dos tempos só existia o ar. OLORUN, o deus supremo, era uma massa infinita de ar. Quando começou a se mover lentamente e respirar, uma parte do ar foi transformada em água, originando OXALÁ, o grande Orixá do branco.
O ar e a água se moveram ao mesmo tempo, e uma parte transformou-se em lama, e dela brotou um montículo, que foi a primeira matéria dotada de forma - um rochedo lamacento e avermelhado, de laterita.
Olorun soprou seu hálito sobre o montículo, dando-lhe vida. Foi a primeira forma com existência própria - o proto-exu.
Exu é o primeiro ser criado, o símbolo do elemento procriado. Em seguida, por formas diferentes, é que surgiram os outros Orixás.


COMO EXU PASSOU A SER REPRESENTANTE DE ORUNMILÁ

Exu era filho de Orunmilá. Olodumare, o Deus supremo, Rei-de-tudo-que-existe, mandou Orunmilá descer ao mundo para tomar conta de todas as pessoas e coisas.
Havia muitos Orixás, mas Exu destacava-se em tudo; era o mais forte, inteligente e atirado. Além disso era muito mau, por qualquer coisa se vingava, e não gostava de ser contrariado.
Nas reuniões tomava a frente de tudo, e brigava com todos. Os outros orixás, com medo dele e para não se aborrecerem, deixavam-no fazer o que quisesse. Por esse motivo Exu passou a ser o representante, o mensageiro dos Orixás, e o representante de Orunmilá.
Mais tarde houve uma disputa entre Exu e Oxalá para determinar qual era o mais respeitável. Oxalá provou sua superioridade, apoderando-se da cabaça onde estava o poder de Exu, e transformando-o assim em seu servidor. Da mesma forma numa disputa com Obaluaiê, Exu foi derrotado.

COMO EXU PROMOVEU UM MASSACRE NA CIDADE

Conta a lenda que Exu foi procurar uma rainha que era desprezada pelo marido, e se propôs a preparar um amuleto que faria o rei voltar a amá-la. Pediu-lhe apenas uns fios de barba do rei, cortados com uma faca.
Procurou em seguida o príncipe herdeiro, filho da rainha, que morava num palácio distante e o convenceu de que o rei ia partir para uma guerra e tinha mandado chamá-lo, juntamente com seus guerreiros.
Finalmente foi ao rei e disse que a rainha, ferida pela frieza dele, planejava matá-lo naquela noite.
Quando anoiteceu, o rei deitou-se e fingiu dormir. Logo viu a rainha entrar com uma faca na mão e aproximar-se de sua garganta. Claro que ela queria apenas uns fios de barba, mas ele acreditou que ela fosse matá-lo.
O rei a desarmou, e começaram a discutir e brigar, fazendo muito barulho. O príncipe, que chegava com seus guerreiros, ouviu os gritos da mãe e viu o pai com uma faca na mão, julgando que ele ia matá-la.
Ao ver o filho e seus guerreiros, armados, entrando em seu palácio, o rei acreditou tratar-se de uma invasão para matá-lo e tomar o poder. Gritou por socorro, e seus soldados imediatamente acudiram.
Essa grande confusão gerou um massacre que acabou com a família real e seus guerreiros.


EXU, FILHO DE ORUNMILÁ

Olodumare mandou Exu para ser auxiliar de Oxalá. Por sua vez Orunmilá, desejoso de ter um filho, foi procurar Oxalá, aquele que criava os seres. Este mandou-o voltar em um mês. Orunmilá impaciente, pediu para levar aquele que estava no portão de casa, que era Exu. Oxalá, diante da grande insistência de Orunmila, acabou concordando, mas explicou que Exu não deveria ser mimado.
Para se tornar pai de Exu, Orunmilá deveria colocar suas mãos sobre Exu e sua mulher Yebíìru, conceberia um filho. A criança seria o próprio Exu, Alagbara, senhor do poder.
Assim que a criança nasceu Orunmilá pronunciou seu nome, e Exu respondeu: "Mãe, mãe, eu quero comer preás!" Orunmilá reuniu todas as preás que encontrou, e Exu comeu-as todas. No dia seguinte Exu quis comer todos os peixes, e no terceiro dia todas as aves. Ele chorava e gritava, e Orunmilá fazia-lhe as vontades. No quarto dia disse que queria comer carne, e o pai lhe trouxe todos os quadrúpedes. Mas Exu não se satisfazia, e continuava a chorar.
No quinto dia, Exu disse: "Mãe, mãe, eu quero comê-la" e a mãe respondeu: "Filho, come, come". Exu engoliu a própria mãe. Orunmilá correu a consultar Ifá, que recomendou uma oferenda, que ele deu. No sexto dia Exu disse: "Pai, Pai, eu quero comê-lo". Ao se aproximar, Orunmilá pegou a espada e o partiu em pedaços, que se espalharam e se transformaram em laterita.
Os pedaços se juntaram e o que restou dele levantou-se e fugiu pelos nove espaços do céu (orun), que ficaram povoados de exus. No último espaço, Exu fez um acordo com Orunmilá: Este parava de perseguí-lo, e todos os exus executariam as ordens de Orunmilá e o ajudariam, como se fossem seus verdadeiros filhos. Orunmilá pediu, e Exu devolveu Yébíìru. Eles foram morar em Iworo, e ela deu à luz muitos filhos, de ambos os sexos.


COMO EXU SE TORNOU O MENSAGEIRO DOS ORIXÁS

Esta história foi contada pelo Odu Oxetuá.
Exu tentava apoderar-se do comando dos Orixás, e foi consultar Ifá, através dos Babalaôs, para saber como realizaria seu desejo. Todos disseram que Exu deveria fazer uma oferenda que incluía penas de papagaio vermelho (ecodidé). Feita a oferenda os Babalaôs deram uma pena ecodidé a Exu para que ele a usasse, e recomendaram que ele não deveria colocar nenhum carrego na cabeça pelo menos por três meses.
Acontece que o efeito da oferenda fez com que Olodumare tivesse a idéia de saber qual Orixá estava zelando melhor pelo mundo, e convocou todos os Orixás para uma reunião. Todos começaram a se preparar, e reunir os presentes que levariam para Olodumare. Partiram em fila, e Exu, que não podia carregar nada, colocou seu ecodidé na cabeça e foi junto com os demais.
Ao chegarem, Olodumare fitou-os e sem perguntar nada leu em seus corações como eles se conduziam. Chamou aquele que estava com ecodidé, e disse que ele era o que conseguiu reunir todos os habitantes da Terra, e que conduziu todos os Orixás com seus carregos. Exu não disse nada, só "Axé".
Olodumare disse a todos que ao chegarem a suas casas deveriam procurar Exu sempre que precisassem enviar-lhe uma mensagem ou sugestão. Todos concordaram, e Exu, por ordem de Olodumare, foi quem os conduziu de volta à Terra. Todos festejaram o acontecimento junto com Exu.
Os outros Orixás começaram a imitá-lo, usando ecodidé na cabeça como símbolo de axé, durante rituais e sacrifícios. Foi assim que Exu se tornou Asiwajú - aquele que vai à frente dos demais.

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