quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ósùn



Òsún

Sou a água.
Nenhuma barreira poderá represar-me e impedir que me torne um oceano.
Se barrarem minha passagem colocando grandes pedras no meu leito converter-me-ei em torrente, em cachoeira, e saltarei impetuosamente.
Se me fecharem todas as saídas, eu me infiltrarei no subsolo.
Permanecerei oculta por algum tempo mas não tardarei a reaparecer.
Em breve estarei jorrando através de fontes cristalinas para saciar a sede dos transeuntes.
Se me impedirem também de penetrar no subsolo,
eu me transformarei em vapor, formarei nuvens e cobrirei o céu.
E, chegando a hora, atrairei furacão, provocarei relâmpagos,
desabarei torrencialmente, inundarei e romperei quaisquer diques
e serei finalmente um grande oceano.

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