segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ORIKI OGUN



OGUN LAKAIYE OSIN IMOLE
OGUN, SENHOR DO MUNDO TRABALHA BRILHANTEMENTE
OGUN ALADA MEJI
OGUN DE DUAS ESPADAS
OFI OKAN SANKO
ELE USA UMA FOICE
OFI OKAN YENA
ELE USA UM ANCINHO
OJO OGUN NTI ORI OKEBO
UM DIA OGUN DESCENDO DO MORRO
ASO INÃ LO UM BORA
ELE SE ENROLOU NUMA ROUPA DE FOGO
EWU EJE L’OWO
E NUMA ROUPA DE SANGUE
OGUN ONILE OWO OLO NA OLA
OGUN É O DONO DA CASA, DO DINHEIRO, DA ESTRADA
OGUN ONILE KONGUN KONGUN ORUN
OGUN É O DONO DE MUITAS COISAS NO CÉU
OPON ONI SILE FI EJE WE
ELE TEM EM ÁGUA EM CASA, MAS PREFERE TOMAR BANHO DE SANGUE
OGUN AWO LE YINJU
OGUN GOSTA DE MULHERES BONITAS
EGBE LEHIN OMÓ KAN
ELE SOME COM AS PESSOAS QUE NÃO O RESPEITAM
OGUN MEJE LOGUN MI
OGUN SE DIVIDE EM SETE, MEU OGUN SÃO SETE

Ifá nos informa que o homem descobriu o ferro, sem forma, no meio ambiente, e a partir deste momento conheceu o Orisà Ògún. Nessa analogia percebemos a estreita ligação entre Ògún e o homem. Quando isso aconteceu Ògún passou a receber considerações de um grande Imole (Orisa), de tal forma que permitiu uma comunicação profunda entre o homem e o ferro em meio a natureza, considerando tudo que é possível fazer com o ferro. Assim, simultaneamente, conhecendo o aparecimento do ferro, conhecemos o Orisà Ògún com todos os seus atributos associados primeiro ao ferro sem forma, frio, inflexível, imóvel. Mas a partir desta descoberta com a relação do homem com Ògun através do elemento ferro, com essa afinidade obtida é que cabe a Ògún, como qualquer outro Orisa, manter a harmonia em seus limites, mas essa harmonização só é possível ser aplicada pelo homem no exato momento em que ele entra em contato com a terra, toca o ferro e etc... Pois bem, após conhecer a natureza ou característica de Ògún, no ferro, precisamos também conhecer bem as suas diferentes manifestações extraídas do mesmo. Assim, no primeiro nível Ògún se dá como um Ebora, possuindo forma animal expandindo na natureza sua essência na forma espiritual. Só no segundo nível que Ògún surge exercendo forma e característica humana, as quais possibilitam o domínio da forja, o domínio do campo, domínio da agricultura, dos bosques, e principalmente o domínio da guerra e da caça, ou seja, conquista do espaço e subsistência. Assim nitidamente podemos ver que quando cultuamos Ògún em seu assentamento, FERROS SEM FORMA, estamos na verdade cultuando a sua forma primacial que é sobrenatural e irracional de "Èbòrá", um ser ou força totalmente desprovido de forma e compreensão humana.

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