Onílé teve seu culto preservado na África, mas perdendo muitas das antigas atribuições. Hoje ela representa nossa ligação elemental com o planeta em que vivemos, nossa origem primal. É a base de sustenção da vida, é o nosso mundo material. Embora sua importância seja crucial do ponto de vista da concepção religiosa de universo, os devotos a ela pouco recorrem, pois seu culto não trata de aspectos particulares do mundo e da vida cotidiana, preferindo cada um dirigir-se aos orixás que cuidam desses aspectos específicos. No Brasil, como aconteceu com outros òrìsá, seu culto quase desapareceu. Certamente um fator que contribuiu para o esquecimento de Onilé no Brasil é o fato de que este Òrìsá não se manifesta através do transe ritual, não incorpora, não dança.
Os antigos povos que deram origem aos atuais Nagòs, de cujas tradições se moldou no Brasil, cultuavam uma entidade da Terra, a Terra-Mãe, que recebeu muitas denominações em diferentes aldeias e cidades que formam o complexo cultura.
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