quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Olubajé - A FESTA DO REI‏


OBALUAIYÊ E OMOLU são os nomes deste Orisà,


cujo nome principal, SÁNPÒNNÁ ou XAPANÃ é perigoso pronunciar.

Erroneamente chamado de Deus da Varíola, onde o mais certo seria chamá-lo de “Deus da Terra”. As doenças contagiosas são as punições dadas pelo Rei àqueles que o desrespeitarem ou afrontarem o culto dos Deuses Africanos.

OBALUAIYÊ – O Rei da Terra

OMOLU – O Filho do Senhor

Omolu veste com um capuz (aze) feito de palha da costa, que tem tres interpretações:

1- Esconder suas chagas, uma vez que a mitologia africana divulga que seu corpo é purulento ou cheio de feridas;

2- Impedir que seu “brilho, luz ou claridade” ceguem os olhos humanos, uma vez que é entendido como um Orixá de grandes poderes e, portanto iluminado pelo Criador – Olodumáre., daí o seu nome: OMOLU – O Folho do Senhor.

3- Para que os humanos não O olhem de frente, pois queimaria os olhos pelo brilho intenso, como sol.

Carrega uma ferramenta chamada XAXARÁ que contém o seu poder de cura e perdão.OLU: aquele que - GBA: aceita - JÉ: comer



Cerimônia que se faz sob o chão de terra. È a distribuição, confraternização e consumo das comidas preferidas dos Deuses africanos. Oferecer e repartir comidas de axé ou comidas dos Orixás é um ato sagrado de reconciliação dos Deuses com Omolu e este com os humanos.

Sob o ritmo da “avamunha” os presentes na cerimônia são servidos, em folhas de ‘ewe-lara’ (a folha do corpo) que na linguagem popular é conhecida por mamona ou carrapateira. Xangô fez uma grande festa e convidou todos os Orixás. Havia muita fartura e toda a Corte de Olorun estava muito feliz reunida, em tão linda recepção.

No meio da festa perceberam que Obaluaiyê não estava presente... Não fora convidado!

Temendo a sua cólera, todos os Orixás decidiram ir juntos em seu palácio, levando muita comida e bebida. Foi uma forma de pedir desculpas, pelo o não convite ao Rei da Terra.

Era uma forma de reconciliação e pedir que o Rei esquecesse a indelicadeza. Obaluaiyê aceitou as desculpas, mas exigiu que sua mesa de comidas fosse repartida com todos os habitantes de seu reino. CANTIGA



Omolú pè olóre a àwure e kú àbò

Omolú pè olóre a àwure e kú àbò



TRADUÇÃO

Omolu te pedimos Senhor da sorte, que use o teu

Feitiço para nos trazer boa sorte e sejas bem-vindo.



- XAXARÁ: símbolo do poder de cura e morte;



- OPANIJÊ: (ele mata qualquer um e come): dança;



- OLUBAJÉ: festa anual-banquete de um rei. Senhor dono da podridão. Aquele que aceita comer;



- ATOTO: silêncio escutai: hora de devoção






Bábà Olúdàré t'Obatala

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