Ajalá foi incumbido de modelar as cabeças humanas com a lama do fundo dos rios, e outros elementos da natureza. Ele moldava as cabeças e as assava em seu forno. Depois que Ajalá terminava de fazer os ori, Obatalá soprava neles o seu emi e lhes dava vida.
Entretanto Ajalá tinha o hábito de se embriagar enquanto cozia o barro, e criou muitas cabeças defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro cru.
A causa dos problemas que muitas pessoas apresentam antes da iniciação seria exatamente um ori cru, queimado, ou mal proporcionado, devido a uma bebedeira de Baba Ajalá.
No princípio dos tempos da Criaçao, Odudua havia criado a Terra, Oxalá havia criado o homem, seus braços, pernas, seu corpo, Olórúm lhe insuflou o èmí(respiraçao divina), a vida. Mas Oxalá havia se esquecido da cabeça..Oxalá não fez a cabeça do Homem… Entao Olórúm pediu à Àjàlà, o oleiro divino, para confeccioná-la. Àjàlà quando foi confeccionar Orí pediu a ajuda de Odú, e assim todos os Odús ajudaram à Àjàlà a confeccionar Orí. E assim nasceu Orí:
Antigamente os orixás e ancestrais se rebelaram, querendo ter os poderes e a sabedoria do deus supremo. Como mensageiro nomearam Exu, que levou as reivindicações a Olodumare. Este lhes enviou um poderoso obi e, orientado por Ifá, determinou que após deixá-lo a noite inteira numa encruzilhada, os orixás e ancestrais deveriam tentar parti-lo para mostrar seu poder.
Ori era apenas uma pequena bola, que não possuía sequer um corpo para se apoiar, e ninguém o respeitava. Para conseguir partir o obi, procurou Ifá, que o aconselhou a fazer uma oferenda para os odu, para conseguir a força de todos eles. Além disso deveria espojar-se na poeira do chão por algumas horas.
No dia seguinte todos já estavam preparados para tentar partir o obi, quando chegou Ori, espojando-se na poeira. Um a um os orixás foram fracassando na tentativa, pois o obi era muito forte e resistente. Ori se apresentou e, como última opção, deixaram-no tentar. Com seu peso caiu sobre o obi, que se partiu em seis gomos. Todos ficaram muito felizes.
Olodumare, ao receber a notícia, imediatamente enviou uma linda almofada, onde Ori se instalou. Dessa forma Ori ganhou um corpo para sustentá-lo. Orixás e ancestrais exclamaram: Ori apere!
A partir desse momento, Ori nasceu. Passou a ser dotado de iwa, a existência, dada por Olodumare, como prêmio por ter sido o único a conseguir partir o fruto-ventre. Orí é composto da matéria divina dos Odús, misturados em quantidade e organizados segundo a sabedoria de Àjàlà a pedido de Olórúm. Do material (òkè ìpònrí) q Àjàlà utiliza para confeccionar Orí se constitui èwò (tabu) para quem possuir esse Orí. E assim se determina as interdiçoes alimentares dos indivíduos, pois, comer do próprio material de q foi constituído, caracteriza ofensa séria à matriz da qual foi criado.
Todo o homem quando vai para o Aiyé, invariavelmente, deve passar na oficina de Àjàlà e escolher o seu Orí. Esta escolha se chama Kàdárà, oportunidade e circunstância, e ao fazê-la, está determinando sua natureza e destino.
Este momento ocorre da seguinte forma: A alma se ajoelha(posiçao fetal) diante dos pés de Olórúm (O Criador) e entao lhe faz um pedido – Àkùnlé yàn – pedido esse q estará relacionando ao seu desejo de crescimento moral e espiritual. Entao Olórúm lhe fixa o destino – Àyàn mó Ipín - q Orí deverá seguir, em q geralmente atende aos desejos do próprio Olórúm e e às necessidades das restituiçoes q Orí deve cumprir. E entao recebe – Àkùn légbà – as circunstâncias q possibilitarao os acontecimentos, geralmente ligado às questoes de tempo/espaço, meio e todo o entorno necessário ao melhor cumprimento do destino.
Neste momento a alma recebe os seus èwós (tabus), interdiçoes alimentares, de vestuário, de açao, etc.
Afirma compromisso com o seu ancestral e tutor espiritual (Orixá). Afirma compromisso com o Bàbá Egún (Pai espírito) responsável pelo ìpònrí ancestral terreno q formou o seu corpo material, e q zela pelo desenvolvimento da família a q Orí fará parte. Todos os contratos são firmados e/ou reafirmados diante de Olórúm e de Orúnmilá, e à medida q o são o destino se lhe vai fixando.
Entao Orí se dirige à Àkàsò (a fronteira entre Orúm-plano espiritual, e Aiyé-plano físico) e pede passagem à Oníbodè (o porteiro), q lhe interrogará o q fará no Aiyé, Orí lhe contará e mais uma vez se fixará nele o seu destino.
ORÍ - A fisiologia divina.
Todo o homem quando vai para o Aiyé, invariavelmente, deve passar na oficina de Àjàlà e escolher o seu Orí. Esta escolha se chama Kàdárà, oportunidade e circunstância, e ao fazê-la, está determinando sua natureza e destino.
Este momento ocorre da seguinte forma: A alma se ajoelha(posiçao fetal) diante dos pés de Olórúm (O Criador) e entao lhe faz um pedido – Àkùnlé yàn – pedido esse q estará relacionando ao seu desejo de crescimento moral e espiritual. Entao Olórúm lhe fixa o destino – Àyàn mó Ipín - q Orí deverá seguir, em q geralmente atende aos desejos do próprio Olórúm e e às necessidades das restituiçoes q Orí deve cumprir. E entao recebe – Àkùn légbà – as circunstâncias q possibilitarao os acontecimentos, geralmente ligado às questoes de tempo/espaço, meio e todo o entorno necessário ao melhor cumprimento do destino.
Neste momento a alma recebe os seus èwós (tabus), interdiçoes alimentares, de vestuário, de açao, etc.
Afirma compromisso com o seu ancestral e tutor espiritual (Orixá). Afirma compromisso com o Bàbá Egún (Pai espírito) responsável pelo ìpònrí ancestral terreno q formou o seu corpo material, e q zela pelo desenvolvimento da família a q Orí fará parte. Todos os contratos são firmados e/ou reafirmados diante de Olórúm e de Orúnmilá, e à medida q o são o destino se lhe vai fixando.
Entao Orí se dirige à Àkàsò (a fronteira entre Orúm-plano espiritual, e Aiyé-plano físico) e pede passagem à Oníbodè (o porteiro), q lhe interrogará o q fará no Aiyé, Orí lhe contará e mais uma vez se fixará nele o seu destino.
ORÍ - A fisiologia divina.
Orí entao descerá e ocupará o seu lugar no Orí do corpo criado, através da chamada “moleira”, abertura no crânio do bebê q irá se fechando conforme se desenvolve ao longo dos anos, onde se dá a “armadilha para Orí”, uma vez encerrado lá Orí somente voltará a se libertar do corpo na última expiraçao, pela boca.
A princípio Orí assentar-se-á no cérebro (opolo) daquele corpo, onde comandará Orí Òde (cabeça externa).
ORÍ ÒDE – a cabeça externa caracteriza-se pela cabeça física (crânio, cérebro, sistema nervoso central, olhos, ouvidos, etc) e também pela personalidade e intelecto q resultará da interaçao daquele corpo com Orí Innú (cabeça interna), a cultura local onde se desenvolverá o indivíduo, e o aprendizado q receberá desde o seu nascimento. Ou seja, Orí òde é, além da cabeça física, a nossa pessoa como nós a conhecemos e como os outros a conhecem. É o mecanismo criado por Orí innú para lidar com o mundo exterior. Orí Òde é o nosso “eu exterior”. ORÍ INNÚ - a cabeça interna, é a nossa personalidade divina, ou nosso “eu verdadeiro”, ou nosso “eu supremo ou superior”. Em resumo, nossa alma.
Abaixo de Orí innú reside Elénìnìí (o opositor de Orí), no cerebelo (ipakó), responsável pelo esquecimento de Orí de sua missao, aquele q o vem atrapalhar a realizar, cumprir sua missao para com Olórúm e a Criaçao, conforme descrito no Itan do Odú Irosún Méjì. Este, constitui o último nó para a transcendência de Orí innú, e o cumprimento de sua missao original.
Ainda existe Ipín jeun – o estômago, e obo ati oko – os órgaos sexuais, q são os outros nós q Orí innú deve superar: medo, desejo, ambiçao, vaidade, ciúme, ira, egoísmo, etc…
Orín innú ainda se divide em:
Orí aperé: o caminho predestinado, fenômeno narrado acima. O destino do indivíduo vem escrito em sua cabeça. “sua cabeça, sua sentença!” Aparí innú: o caráter (ìwà), a personalidade divina. Q é a essência de Orí innú, a alma, e sua missao original. É através do desenvolvimento de Ìwà Pèlé (caráter reto, honesto, puro, bom) q Orí chegará à sua transcendência última! Enfim, como descreve o Odú Ogbè-Ègùndá: “Ìwà nikàn l´ó sòro o”
“ Caráter é tudo o q se precisa”. Ìwà Pèlé (caráter reto) é o q conduzirá Orí innú até o Òrun rere (plano espiritual dos Orixás), em caráter definitivo.
Assim sabemos q nossa divindade pessoal é Orí innú ( cabeça interna-alma), responsável pelo nosso destino e felicidade. Q o nosso Orixá (orí- o primeiro) é o tutor espiritual de nosso Orí innú, mas q só poderá ajudar-nos se Orí o permitir. Q em nosso Orí innú reside o nosso Odú (destino) e somente através de Orí e Odú podemos transmutar o nosso destino, e assegurar o cumprimento da missao confiada por Olodumaré. Q devemos nos resguardar de Elénìnìí, o inimigo de nossa missao e alma, aquele q pode nos trazer sofrimentos. E q nossa verdadeira essência, q devemos buscar, reside em Orí innú (cabeça interna-alma) e não em nosso Orí òde (cabeça externa-personalidade) q é tao somente o veículo de Orí innú aqui no Aiyé.
E, o mais importante: a missao maior de Orí innú, à qual cabe ao nosso Orixá ajudar-nos, é o desenvolvimento de Ìwà Pèlé (caráter reto, bom), nosso passaporte para o encontro definitivo com Olórun!!
A princípio Orí assentar-se-á no cérebro (opolo) daquele corpo, onde comandará Orí Òde (cabeça externa).
ORÍ ÒDE – a cabeça externa caracteriza-se pela cabeça física (crânio, cérebro, sistema nervoso central, olhos, ouvidos, etc) e também pela personalidade e intelecto q resultará da interaçao daquele corpo com Orí Innú (cabeça interna), a cultura local onde se desenvolverá o indivíduo, e o aprendizado q receberá desde o seu nascimento. Ou seja, Orí òde é, além da cabeça física, a nossa pessoa como nós a conhecemos e como os outros a conhecem. É o mecanismo criado por Orí innú para lidar com o mundo exterior. Orí Òde é o nosso “eu exterior”. ORÍ INNÚ - a cabeça interna, é a nossa personalidade divina, ou nosso “eu verdadeiro”, ou nosso “eu supremo ou superior”. Em resumo, nossa alma.
Abaixo de Orí innú reside Elénìnìí (o opositor de Orí), no cerebelo (ipakó), responsável pelo esquecimento de Orí de sua missao, aquele q o vem atrapalhar a realizar, cumprir sua missao para com Olórúm e a Criaçao, conforme descrito no Itan do Odú Irosún Méjì. Este, constitui o último nó para a transcendência de Orí innú, e o cumprimento de sua missao original.
Ainda existe Ipín jeun – o estômago, e obo ati oko – os órgaos sexuais, q são os outros nós q Orí innú deve superar: medo, desejo, ambiçao, vaidade, ciúme, ira, egoísmo, etc…
Orín innú ainda se divide em:
Orí aperé: o caminho predestinado, fenômeno narrado acima. O destino do indivíduo vem escrito em sua cabeça. “sua cabeça, sua sentença!” Aparí innú: o caráter (ìwà), a personalidade divina. Q é a essência de Orí innú, a alma, e sua missao original. É através do desenvolvimento de Ìwà Pèlé (caráter reto, honesto, puro, bom) q Orí chegará à sua transcendência última! Enfim, como descreve o Odú Ogbè-Ègùndá: “Ìwà nikàn l´ó sòro o”
“ Caráter é tudo o q se precisa”. Ìwà Pèlé (caráter reto) é o q conduzirá Orí innú até o Òrun rere (plano espiritual dos Orixás), em caráter definitivo.
Assim sabemos q nossa divindade pessoal é Orí innú ( cabeça interna-alma), responsável pelo nosso destino e felicidade. Q o nosso Orixá (orí- o primeiro) é o tutor espiritual de nosso Orí innú, mas q só poderá ajudar-nos se Orí o permitir. Q em nosso Orí innú reside o nosso Odú (destino) e somente através de Orí e Odú podemos transmutar o nosso destino, e assegurar o cumprimento da missao confiada por Olodumaré. Q devemos nos resguardar de Elénìnìí, o inimigo de nossa missao e alma, aquele q pode nos trazer sofrimentos. E q nossa verdadeira essência, q devemos buscar, reside em Orí innú (cabeça interna-alma) e não em nosso Orí òde (cabeça externa-personalidade) q é tao somente o veículo de Orí innú aqui no Aiyé.
E, o mais importante: a missao maior de Orí innú, à qual cabe ao nosso Orixá ajudar-nos, é o desenvolvimento de Ìwà Pèlé (caráter reto, bom), nosso passaporte para o encontro definitivo com Olórun!!
Orí o!!
Ire o!
Ire o!
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